
A endoscopia digestiva alta com pesquisa de Helicobacter pylori é um exame fundamental para diagnosticar problemas no estômago e no início do intestino delgado. Com ela, é possível identificar a presença da bactéria H. pylori, uma das principais causas de gastrite, úlceras e até mesmo câncer gástrico.
O procedimento é rápido, seguro e amplamente utilizado por gastroenterologistas para avaliar sintomas como dor abdominal, queimação, náuseas e sensação de estômago cheio.
Aqui, você vai entender como é feita a endoscopia, para que serve a pesquisa de H. pylori, quais são os preparos necessários e o que esperar dos resultados. Se você recebeu indicação para esse exame ou quer saber mais sobre sua importância, continue lendo e tire todas as suas dúvidas.
Como é feito o exame de endoscopia com biópsia e teste de urease?
A endoscopia digestiva alta com biópsia e teste de urease é um procedimento minimamente invasivo realizado com o auxílio de um endoscópio, um tubo fino e flexível com uma câmera na ponta. O exame é feito com o paciente em jejum, geralmente sob sedação leve, para garantir conforto e segurança.
O médico introduz o endoscópio pela boca, permitindo visualizar o esôfago, o estômago e o duodeno em tempo real. Durante o exame, pequenas amostras de tecido (biópsias) são coletadas da mucosa gástrica.
Essas amostras são submetidas ao teste de urease, um método rápido e eficaz para detectar a presença da bactéria Helicobacter pylori. A urease, enzima produzida pela bactéria, reage com uma substância presente no teste, alterando sua cor e indicando resultado positivo.
Para que serve o exame de endoscopia com biópsia e teste de urease?
A endoscopia com biópsia e teste de urease tem como principal objetivo investigar alterações na mucosa do trato digestivo superior e diagnosticar a presença da bactéria Helicobacter pylori.
Essa bactéria está associada a diversas doenças gastrointestinais, como gastrite crônica, úlceras gástricas e duodenais, além de ser um fator de risco para o desenvolvimento de câncer de estômago.
O exame permite ao médico visualizar diretamente lesões ou inflamações e, com as amostras obtidas por biópsia, analisar com mais precisão a causa dos sintomas apresentados pelo paciente.
Já o teste de urease oferece um resultado rápido sobre a infecção por H. pylori, auxiliando na definição do tratamento mais adequado.
O exame é fundamental para o acompanhamento de pacientes que já tiveram a infecção e precisam confirmar a erradicação da bactéria. Dessa forma, a endoscopia com biópsia e teste de urease é uma ferramenta essencial no diagnóstico e no controle de doenças gástricas.
Quanto tempo dura o exame de endoscopia com biópsia e teste de urease?
O exame de endoscopia digestiva alta com biópsia e teste de urease é um procedimento relativamente rápido. Em geral, ele dura entre 15 e 30 minutos, dependendo da complexidade do caso e da experiência da equipe médica.
Esse tempo inclui a introdução do endoscópio, a avaliação das paredes internas do esôfago, estômago e duodeno, além da coleta de amostras de tecido para análise.
Antes do início do exame, o paciente passa por um breve preparo, que pode levar alguns minutos extras, incluindo a administração da sedação leve para garantir conforto e tranquilidade durante o procedimento.
Após a conclusão, o paciente é levado para uma sala de recuperação, onde permanece em observação por cerca de 30 a 60 minutos até que os efeitos da sedação passem.
Portanto, embora o exame em si seja rápido, é recomendável reservar algumas horas do dia para todo o processo, desde a chegada à clínica até a liberação final.
Regiões estudadas
Durante a endoscopia digestiva alta com biópsia e teste de urease, são avaliadas três regiões principais do trato gastrointestinal superior: o esôfago, o estômago e o duodeno.
O esôfago é analisado inicialmente para verificar a presença de inflamações, lesões, varizes ou sinais de refluxo gastroesofágico. Em seguida, o endoscópio avança até o estômago, onde o médico observa a mucosa gástrica em busca de alterações como gastrite, úlceras ou lesões suspeitas.
É nessa região que geralmente são coletadas as amostras para o teste de urease, especialmente do antro gástrico, local preferencial da bactéria Helicobacter pylori.
Por fim, o exame atinge o duodeno, primeira porção do intestino delgado, permitindo verificar eventuais alterações estruturais ou inflamatórias. A análise detalhada dessas três áreas oferece uma visão ampla do estado de saúde digestiva do paciente e permite identificar de forma precisa possíveis causas dos sintomas gastrointestinais.
Cuidados após o exame de endoscopia com biópsia e teste de urease
Após a endoscopia digestiva alta com biópsia e teste de urease, alguns cuidados são essenciais para garantir a recuperação e evitar complicações. Como o exame é feito sob sedação, o paciente deve permanecer em observação na clínica por cerca de 30 a 60 minutos até que os efeitos passem completamente.
É importante que o paciente esteja acompanhado, já que não é recomendado dirigir ou operar máquinas nas horas seguintes. A alimentação deve ser retomada gradualmente, conforme orientação médica, iniciando com líquidos e alimentos leves.
Pode haver leve desconforto na garganta ou sensação de inchaço abdominal devido ao ar introduzido durante o exame, mas esses sintomas costumam desaparecer em poucas horas.
Caso ocorra febre, vômitos com sangue, dor abdominal intensa ou fezes escurecidas, o paciente deve procurar atendimento médico imediatamente. Seguir as orientações da equipe médica após o exame contribui para uma recuperação tranquila e eficaz.
É normal sentir dor depois da endoscopia com biópsia?
É comum sentir um leve desconforto após a endoscopia digestiva alta com biópsia, mas dor intensa não é considerada normal. Entre os sintomas esperados estão uma sensação de garganta arranhada, leve dor ao engolir e distensão abdominal, causada pelo ar insuflado durante o exame. Esses efeitos costumam desaparecer em poucas horas.
A biópsia em si é um procedimento seguro e não costuma provocar dor significativa, já que as amostras de tecido são muito pequenas e retiradas de áreas que não possuem terminações nervosas sensíveis à dor.
No entanto, se o paciente apresentar dor abdominal forte, febre, sangramento ou vômitos persistentes após o exame, é essencial buscar atendimento médico imediato.
Esses sinais podem indicar complicações raras, como perfuração ou sangramento mais acentuado. Em geral, com os devidos cuidados e acompanhamento médico, o exame é bem tolerado e seguro.
O que comer após endoscopia com biópsia?
Após a endoscopia digestiva alta com biópsia, é recomendado iniciar a alimentação de forma leve e gradual para não irritar a mucosa do trato digestivo. Nos primeiros momentos, é ideal começar com líquidos claros, como água, chás suaves e caldos mornos.
Em seguida, pode-se introduzir alimentos pastosos ou macios, como purês, sopas e iogurtes, evitando ingredientes muito quentes, frios, ácidos ou condimentados.
Alimentos gordurosos, frituras, bebidas alcoólicas e cafeína devem ser evitados por pelo menos 24 horas após o exame, pois podem causar desconforto ou retardar a cicatrização da mucosa. Também é importante manter uma boa hidratação e fazer refeições em pequenas quantidades ao longo do dia.
Seguir essas orientações ajuda a minimizar irritações e contribui para uma recuperação rápida e tranquila após o procedimento.