Erradicada no século passado, a febre amarela voltou a preocupar os brasileiros. O país tem 492 casos da doença confirmados, sendo 375 deles em Minas Gerais. Nesse contexto um pouco assustador, você pode estar se perguntando: afinal, como vou me prevenir da febre amarela?
A primeira coisa a se fazer é procurar uma unidade de saúde caso você esteja desconfiado que foi infectado. A doença, causada por um vírus, é transmitida por meio da picada do mosquito Aedes Aegypti, o mesmo vetor da dengue.
Seus primeiros sintomas são febre alta, calafrios, dores de cabeça e muscular, cansaço, náuseas e vômitos. Em casos mais graves, pode ocorrer insuficiência hepática e renal e uma aparência amarelada da pele e olhos. No entanto, é importante ficar atento, pois a doença também pode ser assintomática durante alguns anos.
Se quer descobrir tudo sobre a febre amarela, este artigo é para você! Como dissemos, a transmissão da febre amarela ocorre por meio da picada de um mosquito contaminado. Por isso, fugir deles é a principal forma de prevenção. Além, é claro, de estar devidamente imunizado. A seguir, veja algumas dicas.
Esteja em dia com o cartão de vacinação
Segundo o Ministério da Saúde, a vacina é a principal forma de prevenção e controle da doença. Com eficácia de 95%, ela era
ministrada em duas doses
No mês de abril, porém, o governo anunciou que a vacinação deverá ocorrer em dose única, sem reforço — quantidade suficiente para garantir proteção por toda a vida. Isso quer dizer que as pessoas que já se imunizaram não precisam mais se preocupar.
Mesmo após os recentes casos de febre amarela no Brasil, a estratégia de vacinação não mudou: devem tomar a vacina quem vive nas regiões de risco (ou em uma área rural ou silvestre) e quem pretende viajar para países onde há casos da doença.
No entanto, alguns municípios dos estados onde há pessoas infectadas ou suspeitas de estarem com a doença — Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia — estão oferecendo a vacina para toda a população que deseja se prevenir. O ideal é informarse no posto de saúde mais próximo ao seu bairro.
Vale lembrar que a vacina é contraindicada para idosos acima de 60 anos, crianças menores de seis meses (assim como as mães que amamentam bebês de até essa idade), gestantes, pacientes com câncer e pessoas com problema no sistema imunológico. Nesses casos, a dose só deve ser aplicada com recomendação médica.
Utilize repelentes de insetos
Com o calor que faz em nosso país, sabemos que nem sempre é possível usar roupas fechadas para se prevenir da picada de
mosquitos. O repelente, portanto, torna-se essencial.
Mesmo que você seja vacinado contra a febre amarela, lembre-se de que há outras doenças causadas pelo mosquito. Por isso, o ideal é usar um produto que também seja eficaz contra a dengue, chikungunya e zika vírus.
Além do repelente em creme, que é aplicado sobre a pele, existem os produtos elétricos que garantem proteção à sua casa. Vale a pena procurar uma loja especializada e investir nesse tipo de proteção — principalmente se você não puder se vacinar contra a febre amarela.
Considere colocar uma tela de mosquitos em suas janelas
A velha tela de mosquitos continua sendo uma excelente alternativa para prevenir que o transmissor da febre amarela entre em sua casa. O legal é que, geralmente, a alternativa possui baixo custo de instalação e manutenção.
Se você tiver cachorros ou gatos em casa, procure um material que seja bom o suficiente para resistir aos possíveis danos causados pelos animais. Para aumentar a eficácia, é importante instalar as telas em todas as janelas e também nas portas.
Além de proteger a casa de mosquitos, outra vantagem das telas é que elas servem como uma espécie de barreira para poeiras — o que tornará a sua casa mais limpa.
Não deixe água parada em casa
Sabemos que essa dica é muito falada por aí. No entanto, algumas pessoas ainda são negligentes em suas próprias residências. Para se prevenir tanto da febre amarela, quanto de outras doenças — como a dengue e a zika — é muito importante que não haja mosquitos transmissores.
Isso só será possível se toda a sociedade fizer a sua parte. Por isso, não deixe água parada em pneus, garrafas, lixos ou piscinas. Limpe o seu quintal com regularidade e veja se não há algum foco do mosquito — às vezes, ele pode estar em uma tampinha de garrafa pet que você esqueceu de jogar fora.
Tenha atenção redobrada ao viajar
Se você tem uma viagem programada — principalmente para países da América do Sul, América Central, África e Ásia, é preciso investigar se o seu destino exige o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), com registro de imunização contra a febre amarela.
Lembre-se que é preciso vacinar-se até 10 dias antes de viajar. Antes desse período, a vacina não é eficaz. Vale ressaltar que a emissão do CIVP é gratuita e pode ser solicitada em qualquer Centro de Orientação ao Viajante da Anvisa.
Visite um médico com regularidade para se prevenir da febre amarela
A febre amarela pode permanecer sem sintomas durante um longo período ou pode ser confundida com uma simples virose. Por isso, mesmo que você não sinta nada demais, é preciso visitar o seu médico com certa regularidade.
Para ter um diagnóstico correto, o médico vai requisitar exames laboratoriais (MAC-Elisa, PCR ou isolamento do vírus em cultura). Tudo isso, é claro, alinhado à consulta clínica, em que o paciente responderá a algumas perguntas: se viajou para alguma área de risco recentemente, quais sensações ou incômodos ele está sentindo, entre outras.
Confirmada a doença, o indivíduo deve ficar internado para que possa receber os cuidados imediatos no caso de a infecção evoluir. O tratamento realizado consiste em medicamentos que aliviem os sintomas desagradáveis da doença.
Não existem remédios capazes de destruir o vírus. No geral, o paciente deve permanecer em repouso, recebendo o acompanhamento médico adequado e não deixe o acompanhamento médico ser de outro, clique no botão abaixo e agende sua consulta com nosso médico especialista.