A boa aparência de um alimento pode enganar o consumidor. Para evitar quaisquer problemas, é importante ficar atento às informações que constam na embalagem, como os prazos de validade dos alimentos. Já observou bem o aspecto do pão que você comprou no fim de semana?
Você pode até não sentir enjoos ou desenvolver doenças se consumir um produto estragado, mas a verdade é que eles perdem na qualidade e também nas propriedades nutritivas. Além do mais, é sempre um risco à saúde em longo prazo.
Entenda por que se atentar aos prazos de validade dos alimentos:
Como os prazos de validade dos alimentos são calculados?
Amostras dos alimentos são levadas ao laboratório para análise da velocidade e das condições de degradação. Elas são colocadas em câmaras que aceleram o processo de deterioração, por exemplo, oscilando as temperaturas entre muito quente e muito frio.
Quando os produtos estão em más condições de cor, textura e fora do padrão de sabor, o teste é finalizado. Por meio dos exames químicos, o tempo real de degradação é identificado e o resultado estampado na etiqueta costuma ser o menor. Por exemplo, se o prazo apontado para consumo for de 2 meses e 40 dias, na embalagem estará escrito apenas 2 meses.
Esse teste é considerado bem caro, por isso nem todo fabricante se propõe a pagar R$ 30 mil em análises laboratoriais. Algumas empresas apenas copiam as informações dos rótulos da concorrência. Por isso, é importante atentar-se para os aspectos gerais dos alimentos, ainda que a embalagem mostre que está dentro do prazo de validade.
O que pode acontecer quando ingerimos produtos fora do prazo de validade?
Ingerir alimentos fora do prazo de validade expõe você a problemas de saúde que podem ser mais complicados do que você imagina.
Nem todas as doenças se configuram num desconforto abdominal devido à comida estragada.
Além de intoxicação alimentar (que, em alguns casos, pode ser muito séria), os insumos que estejam vencidos podem causar infecções e doenças bacterianas, como o temido botulismo.
A gravidade do que pode acontecer ao comer um alimento estragado varia de uma pessoa para outra, pois depende da imunidade de cada organismo. Dores no corpo, no estômago, calafrios, febre e diarreia são consequências que não devem ser banalizadas.
Dependendo da bactéria que acometeu o sistema do indivíduo, o caso pode ser grave e levar à morte.
Sabe aquele pão do fim de semana? O problema não é ter ficado duro. Porém, o que indica que está vencido é quando começa a apresentar manchas verdes na superfície. São fungos, e não devem ser ingeridos. E não adianta cortar a “parte ruim”, pois as toxinas também estão presentes em outros pedaços do alimento sem que seja possível vê-las a olho nu.
Quais os sintomas e quando procurar um médico?
Os sintomas da intoxicação alimentar aparecem rapidamente, como o mal-estar e a conhecida “dor de barriga” que nos leva a
banheiro algumas horas após a refeição. As infecções e intoxicações causadas por bactérias normalmente apresentam dores
musculares, vômitos acompanhados ou não de diarreia, febres altas e, em casos mais graves, hemorragias.
Porém, os sintomas podem variar. Não espere a apresentação do quadro completo para pedir ajuda clínica. Mantenha-se hidratado e, se o mal-estar não melhorar ou a febre e as demais complicações aparecerem, procure imediatamente um médico.